Resumo do documentário "História da saúde pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde”

O documentário intitulado “História da saúde pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde”, trata de como até no início do século XX a saúde era vista como um dever e não um direito da população, enfatizando a luta popular, a busca pela melhoria da saúde em vários momentos da história e toda sua evolução desde a revolta da vacina até a Constituição de 1988, onde passou a ser um direito de todo e qualquer cidadão.

No início do século XX apenas os ricos dispunham de médicos, enquanto a população pobre dependia de hospitais de caridade. Com a crise das epidemias foram criadas regras políticas onde desfavoreciam, obviamente, as classes mais baixas. Era de grande interesse manter o controle sobre as doenças, pois a crise passava a ameaçar as relações com o exterior podendo prejudicar a exportação de café (que sustentava a economia do país naquela época). Então tornaram a vacinação obrigatória, o que acabou gerando a revolta da vacina. O filme também aborda a criação das caixas de aposentadoria e pensão, que foram criadas logo após uma série de greves operárias e que eram mantidas pelas empresas, pelos próprios trabalhadores e pela União. A partir de 1930, Getúlio Vargas assume o poder do país, e em 1933 cria as IAP’s (Instituto de Aposentadoria e Pensões) onde os recursos arrecadados eram sempre aplicados em financiamentos para a industrialização do país. Vargas também criou o Ministério da Educação e Saúde Pública e consolidou as leis trabalhistas. Em 1945 Getúlio é deposto. Dutra assume e ocorrem mudanças significativas na saúde, como a criação de grandes hospitais, com médicos especialistas e equipamentos modernos, tudo baseado no modelo americano. Em 1950 Vargas volta a se candidatar e é eleito presidente mais uma vez, durante seu segundo mandato cria o Ministério da Saúde. Em 1964 Janio Quadros e João Goulart tentam a reforma da saúde, mas o poder é tomado pelos militares dando início ao período de ditadura.

             O filme ainda decorre sobre a unificação dos IAP’s em 1967, a criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), do INAMPS (Instituto Nacional de Atenção Médica da Previdência Social), e sobre a Revolução Sanitarista em 1980 (que reivindicava o direito de saúde para todos, não apenas para trabalhadores com carteira assinada). Em 1985, com o movimento “Diretas Já” Tancredo Neves é eleito, o que põe fim a ditadura militar. Em 1986 foi aprovada a constituinte sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) durante a 8º Conferência Nacional de Saúde. Na constituição de 1988 o SUS trás os princípios de: universalidade, integralidade e equidade.